Imagine conseguir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sem precisar cumprir longas horas de aula na autoescola e sem gastar uma fortuna. Essa é a proposta que o Ministério dos Transportes estuda para mudar a forma como os brasileiros conquistam a habilitação.

Hoje, mais de 20 milhões de pessoas dirigem sem CNH no Brasil, e entre os motociclistas, mais da metade ainda não regularizou a situação. O custo, que pode ultrapassar R$ 5 mil nas categorias A e B, e a rigidez do sistema são apontados como principais barreiras.

Formação mais flexível

A ideia é permitir que o candidato escolha entre aulas presenciais ou ensino online, por meio de uma plataforma oficial do governo. As aulas práticas também poderão ser ministradas por instrutores autônomos credenciados, e não apenas por autoescolas. Com isso, cai a obrigatoriedade das atuais 45 horas teóricas e 20 horas práticas presenciais, reduzindo o peso e o custo do processo.

Segurança no trânsito em debate

O secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, cita exemplos de países como a Suécia, referência em segurança viária, que não exigem carga horária fixa. Ele ressalta que o modelo brasileiro atual pode estar incentivando a formação informal, o que aumenta os riscos no trânsito.

O projeto ainda será submetido a consulta pública e discutido com os Detrans para ajustes. Se aprovado, promete tornar a CNH mais acessível, moderna e adaptada à realidade dos brasileiros.

Fonte: Voz da Bahia.