Bahia é o 3º estado com mais resgates de trabalhadores em situação análoga à escravidão no Brasil
A Bahia ocupa atualmente a terceira posição no ranking nacional de trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão.
Nos últimos cinco anos, 1.605 pessoas foram libertadas no estado, segundo dados do Smartlab, plataforma desenvolvida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Apenas Minas Gerais (2.312) e Maranhão (1.736) registram números superiores.
Além dos casos de trabalho escravo, o estado também se destaca negativamente no enfrentamento ao tráfico de crianças e adolescentes. Entre 2012 e 2019, Salvador foi a capital com maior número de denúncias sobre esse tipo de crime registradas no Disque 100, concentrando 24,1% dos casos no país. Destas ocorrências, 77,6% estavam relacionadas ao trabalho escravo e 22,4% à exploração sexual comercial.
A cidade de Poções, no interior baiano, próxima a Vitória da Conquista, foi identificada como o principal ponto de saída das vítimas traficadas a partir da Bahia.
Segundo o MPT-BA, os crimes de trabalho escravo e exploração sexual atingem, majoritariamente, pessoas negras e com baixa escolaridade. A exploração sexual afeta principalmente meninas e mulheres entre 11 e 35 anos, enquanto o trabalho escravo recai sobre meninos e homens na mesma faixa etária.
Fonte: Voz da Bahia
