Operação Patrocínio Indigno: Advogado e mais duas pessoas são presas em operação contra milícia em Feira de Santana e Serrinha
Um advogado e duas outras pessoas foram detidas nesta terça-feira (26) em Feira de Santana e Serrinha, cidades localizadas na região sisaleira da Bahia. As prisões fazem parte da Operação Patrocínio Indigno, um desdobramento da Operação El Patrón, que investiga a atuação de uma milícia criminosa na região de Feira de Santana.
De acordo com a Polícia Federal (PF), o advogado e os outros suspeitos são acusados de atrapalhar investigações relacionadas ao grupo miliciano. O advogado, ainda não identificado, é defensor de um dos envolvidos na Operação El Patrón, que está preso no Conjunto Penal de Serrinha. Os outros dois alvos da operação são um investigado que já se encontra em prisão preventiva e a esposa deste, que cumprirá prisão domiciliar por ser mãe de um filho menor de 11 anos.
Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, no escritório de advocacia em Feira de Santana, e também em uma cela do Conjunto Penal de Serrinha. As investigações apontam que o advogado, o detento e sua esposa teriam destruído provas digitais relacionadas aos crimes cometidos pela organização criminosa, dificultando o avanço da apuração.
A operação é um desdobramento das investigações iniciadas com a Operação El Patrón, que desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilícitas, como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada. O deputado estadual Binho Galinha (PRD), que é apontado como líder da organização, também está sendo investigado.
A Operação Patrocínio Indigno foi realizada em conjunto pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), e pela Polícia Federal, através da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas (Delepat). A operação contou ainda com o apoio da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, por meio da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria-Geral (Force), e da Receita Federal.
Os mandados de prisão e de busca foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana, e a investigação continua em andamento.