Entre os dias 19 e 23 de novembro, o Ministério Público da Bahia deflagrou a segunda fase da “Operação Venator” nos municípios de Amargosa, Jiquiriçá, Laje, Mutuípe, São Miguel das Matas e Ubaíra, com o objetivo de combater o tráfico de animais silvestres, caça ilegal e cativeiro de espécies nativas da região. Durante a operação, três pessoas foram presas em flagrante e 112 animais silvestres foram resgatados.

Além dos animais apreendidos, que incluem principalmente aves, as autoridades também apreenderam 12 anilhas ilegais, cinco armas de fogo (incluindo espingardas calibres 20, 28 e 32), 35 munições de diversos calibres, mais de 20 kg de carne de animais como tatu, cutia e perdiz, e equipamentos para recarga de armas artesanais, como pólvora e chumbo granulado.

Um dos presos, conhecido como “Pombo”, foi identificado como um dos maiores traficantes de aves silvestres da região, com mais de 10 anos de atuação na captura e comercialização ilegal de pássaros. Ele foi detido em Ubaíra com 44 aves em cativeiro e uma arma de fogo artesanal.

A operação foi coordenada pelo Ministério Público da Bahia, por meio da Promotoria de Justiça Regional Ambiental do Recôncavo Sul, com o apoio da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa). As prisões ocorreram nas Delegacias Territoriais de Ubaíra e Laje, e outras sete pessoas foram notificadas por infrações ambientais. Além disso, 13 pessoas serão ouvidas em audiências extrajudiciais. Todos os animais apreendidos foram encaminhados ao Centro de Triagem e Tratamento de Animais Silvestres (Cetas) do Inema para cuidados e reabilitação.

O promotor de Justiça Julimar Barreto Ferreira, coordenador da operação, destacou a importância da ação para o combate aos crimes ambientais na região do Recôncavo baiano.