Mensalidades em atraso nos cursos presenciais de ensino superior caíram 11,1% no 1º trimestre

A quantidade de estudantes com as mensalidades em atraso nos cursos presenciais de ensino superior reduziu 11,1% no primeiro trimestre de 2022 ante o mesmo período do ano anterior. Nos cursos Ensino a Distância (EAD), a taxa de inadimplência avançou 8% no período, no ensino superior privado ficou em 8,67% no primeiro trimestre, valor 1,5% menor que no ano anterior. Os dados são da 14ª edição da Pesquisa de Inadimplência no Ensino Superior Privado, realizada pelo Instituto Semesp. As informações são da Agência Brasil.

O dado foi obtido baseado em uma amostra de 357 instituições de ensino superior, após um crescimento significativo da taxa de inadimplência em 2020, reflexo da pandemia de covid-19 no cenário político-econômico brasileiro, como o aumento do número de desempregados, redução da renda dos trabalhadores, dificuldades de acesso ao crédito estudantil, além das incertezas sobre o retorno das aulas presenciais..

“A inadimplência dos alunos em cursos presenciais caiu em 2021 e no primeiro trimestre de 2022 por conta da volta das atividades presenciais, a partir do segundo semestre de 2021. A taxa de inadimplência voltou a patamares semelhantes ao início da crise econômica de 2015. Esse recuo na taxa de inadimplência está aliado à redução da base de alunos, além do retorno da normalidade das atividades presenciais”, avaliou o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.

Nos primeiros três meses de 2022, a PNAD teve uma queda de 4,3% ante o primeiro trimestre de 2021. A taxa de evasão anual, medida com base no Censo da Educação Superior, chegou a 32,4% em 2020, registrando crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior.

“Enquanto a inflação em 2021, medida pelo IPCA, chegou a 10,16%, as mensalidades no ensino superior, medida pelo mesmo índice, registrou queda de 0,2%. Além disso, pesquisa sobre mensalidades escolares no estado de São Paulo, realizada no primeiro semestre de 2022 pelo Instituto Semesp, registrou queda do valor praticado em cursos presenciais de 18,92% e de 1,04% em cursos EAD”, disse Capelato.

O estudo mostrou ainda que as instituições de pequeno e médio portes apresentaram redução de 2,5% e de 5,7% no pagamento de mensalidades recebidos e as grandes instituições de ensino superior registraram um crescimento de 10,7%. (bahia.ba)

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