Itapetinga: Greve das universidades estaduais é tema de sessão na Câmara

Por iniciativa da Mesa Diretora, a Câmara Municipal de Itapetinga realizou uma sessão especial, nessa quinta-feira (30), para discutir a situação das universidades estaduais da Bahia, cujos professores estão em greve por tempo indeterminado. O evento contou com a participação de diversos representantes da categoria e de estudantes que apoiam o movimento grevista.

Ao fazer a abertura da sessão especial, a presidenta Naara Duarte falou sobre a importância das universidades estaduais, especialmente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), que tem um campus em Itapetinga. Naara contou que a Mesa Diretora da Câmara já vinha buscando formas de aproximar os poderes Legislativo e Executivo da Universidade, com o objetivo de fortalecer a parceria entre as instituições. “Não canso de dizer que tenho orgulho de quase toda a minha família ter estudado aqui na Uesb, campus de Itapetinga”, revelou.

Participaram da mesa de discussões as professoras Nelma Gusmão (DCHEL) e Edimacy Quirino, coordenadora do Colegiado de Pedagogia, e professores integrantes da diretoria da Associação dos Docentes da Uesb (Adusb): Soraya Adorno (presidente), Andrea Gomes (vice-presidente integrante da Diretoria Regional de Itapetinga) e Edilson Ferreira (diretor sindical).

Em seu discurso, a professora Soraya Adorno destacou a importância das universidades estaduais da Bahia, chamando a atenção para o número de alunos atendidos especialmente pela Uesb, que tem quase 11 mil estudantes distribuídos em seus três campi.  Somadas, as quatro universidades estaduais baianas possuem mais de 50 mil alunos. “Então, é em nome dessa responsabilidade e é em nome do que nós temos de mais caro, que são as universidades estaduais baianas, que os professores das quatro universidades estaduais deflagraram a greve há quase dois meses”, explicou.   

Soraya Adorno falou sobre a insatisfação dos professores com o governo da Bahia por conta dos cortes de investimento nas universidades. Ela disse que, após passar anos tentando negociar com o Governo do Estado, o Movimento Docente das quatro universidades estaduais foi obrigado a deflagrar a greve no dia 4 de abril e a paralisar as atividades no dia 9 de abril.

Ainda de acordo com a presidente da Adusb, o movimento vem reivindicando que o Estado aumente o repasse para as universidades, o que faria a porcentagem da Receita Líquida de Impostos voltada para as instituições subir para 7%. Os professores também se queixam de desrespeito aos direitos trabalhistas e defendem, entre outras coisas, recomposição da inflação, reajuste salarial, ampliação e desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos de provimento permanente do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia.

Além dos participantes da mesa de discussões, a plateia também teve a oportunidade de usar a palavra, momento em que professores e alunos fizeram suas considerações sobre a greve e salientaram a importância da educação. Ao final da sessão, ficou definido que a Câmara de Vereadores fará uma moção, apoiando o Movimento Docente das universidades estaduais da Bahia.  

Ascom/Câmara

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