Cineasta baiana se torna primeira brasileira a entrar para programa europeu

A produtora executiva e roteirista baiana Marília Cunha fez história ao se tornar a primeira cineasta brasileira a integrar o EURODOC, um dos mais importantes programas europeus para o desenvolvimento e produção de documentários criativos.
A edição deste ano reúne produtores de 28 países e acontece entre março e outubro, com atividades presenciais na Itália, Eslovênia e Irlanda, além de encontros online. Marília foi selecionada com o projeto “O passe de Gil”, dirigido pelo também baiano Isaac Donato, que explora a interseção entre arte e religião afro-brasileira.
“Vejo como um passo importante para minha carreira e para o projeto, ampliando as possibilidades de coprodução internacional e de realização do filme”, afirma a cineasta.
Marília Cunha já atuou na produção de filmes premiados como “Açucena” e “Not Dead”. No EURODOC, terá a oportunidade de desenvolver seu documentário com mais de 50 especialistas e analistas, além de até 35 produtores internacionais. Em Cork, na Irlanda, os participantes ainda terão encontros promovidos pela Screen Ireland, agência nacional do cinema irlandês.
“Minha entrada no EURODOC chega num ótimo momento”, diz Marília. “Atualmente, faço a produção executiva do longa ‘Cavalaria Espacial’, do brasiliense Cássio Oliveira, rodado no Maranhão, e finalizo, na Bahia, a ficção ‘O Sino’, de Isaac Donato.”
Com 26 anos de existência, o EURODOC já impulsionou filmes exibidos e premiados em grandes festivais como Cannes, Locarno e Berlim. A seleção de Marília Cunha destaca a força do cinema brasileiro no cenário global e fortalece as conexões para a produção de documentários no país.