O secretário municipal de Saúde, Danylo Patês, e o coordenador geral da Fundação José Silveira (FJS) em Itapetinga, Leonardo Matos, prestaram esclarecimentos à Câmara de Vereadores nessa quarta-feira (4). A sessão especial contou ainda com a participação do médico Sílvio Macedo, provedor da Santa Casa de Misericórdia de Itapetinga (Hospital Cristo Redentor), e da coordenadora administrativa Amanda Braga.

Ao justificar o requerimento, o vereador Márcio Piu (PSC) disse que a população de Itapetinga tem clamado por uma saúde melhor, mas não está vendo o seu clamor atendido. Ele lembrou que a saúde é consagrada na Constituição Federal de 1988 como direito social fundamental. Márcio Piu criticou as dificuldades que são impostas às pessoas carentes que, muitas vezes, precisam até pedir ajuda para fazer bingos com o objetivo de custear procedimentos médicos. Em outro momento, o parlamentar afirmou que a população que paga seus impostos não deve precisar “dar um jeitinho” para ser atendida.

Convocado para esclarecer questões relacionadas ao funcionamento do Hospital Cristo Redentor, gerenciado pela Fundação José Silveira, o coordenador Leonardo Matos apresentou um levantamento de atendimentos realizados na unidade hospitalar e explicou que os serviços de cirurgias eletivas, anestesia e obstetrícia estão funcionando normalmente.

De acordo com o coordenador da FJS, durante o período de 2013 a 2017, foram realizadas 4.564 cirurgias no Hospital Cristo Redentor através do SUS. Somente entre os meses de janeiro a março de 2018, segundo os dados apresentados, foram feitas 282 cirurgias pelo SUS. Leonardo Matos salientou que a unidade conta com médico-cirurgião, anestesista e obstetra diariamente. “Existem falhas, dificuldades, mas o que a gente tem muito em Itapetinga é equipe de trabalho de excelência”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde, Danylo Patês, compareceu à Câmara para esclarecer situações pertinentes à pasta que comanda. Em sua explanação, ele lembrou que existe uma demanda reprimida de anos anteriores para cirurgias eletivas e exames de alta complexidade cuja solução não pode ser imediata. Apesar disso, o secretário revelou que já foram realizados 420 exames de alta complexidade, como tomografia e ressonância, em 2018.

Sobre a disponibilidade de medicamentos, Danylo justificou que as aquisições obedecem aos trâmites legais e que questões burocráticas acabam gerando atrasos e prejudicando o fornecimento. “Chegou medicamento e vai continuar chegando”, assegurou.

Conforme Danylo Patês, não há necessidade de a população enfrentar fila na Central de Marcação do Município (CDM), pois os atendimentos de atenção básica e especializada estão sendo marcados diretamente na unidade básica de saúde. “Toda a população de Itapetinga vai continuar sendo atendida nas unidades de saúde. Todos os questionamentos feitos pelos vereadores vão ser respondidos e atendidos. […] Nós vamos obedecer todos os trâmites legais e fazer o que for necessário para que a população seja atendida e atendida com qualidade”, garantiu.  

Ascom/Câmara