O Itabunense não está nada satisfeito com a decisão tomada pelo prefeito José Nilton Azevedo. Ele enviou um anteprojeto de lei à Câmara que aumenta para R$ 100 a Contribuição Sobre Serviço de Iluminação Pública, a antiga Taxa de Iluminação.Valendo para quem consome entre 201 e 1.000 quilowates por mês, ou praticamente todo mundo. O reajuste girou em torno de 1.900% e fará com que o itabunense que consome 201 quilowates, de R$ 5, passe a pagar R$ 100 na conta de energia elétrica. A proposta do prefeito José Nilton Azevedo (DEM) foi atacada pelo deputado federal Geraldo Simões (PT). “Ele aumenta os impostos, mas ninguém sabe para onde vai o dinheiro, porque as obras e programas sociais são do Governo Federal e do Governo do Estado .O prefeito só pensa em aumentar e arrecadar impostos, mas não realiza investimentos na cidade com recursos próprios. A cidade só é noticia em temas negativos, como mortalidade infantil, violência contra jovens e incidência de dengue”.A prefeitura não tem programas sociais próprios que tirem as crianças e adolescentes das ruas. A gente não vê uma obra com dinheiro do município. E o prefeito ainda não assume nada, a culpa é sempre dos outros”.O projeto foi encaminhado para ser votado em regime de urgência. Segundo o vereador Wenceslau Júnior, que garantiu votar contra o projeto, há uma manobra do executivo para que o projeto seja aprovado pela Câmara. Ele disse que R$ 100 de tributo para quem consome R$ 1.000 de energia é razoável, “mas para quem consome R$ 120 é um absurdo, pois dobra o valor total da conta”. Para Wenceslau, o prefeito desrespeita o princípio da progressividade. Ele não acredita que o projeto passe na Câmara mas, se isso acontecer, sugere uma grande mobilização popular e ações na Justiça. Ele lembra que a Câmara já tinha cometido o absurdo de aprovar, por unanimidade e sem alterações, o orçamento de R$ 460 milhões. Pior ainda, deram ao prefeito o direito de suplementação de 60%, algo impensável nas outras cidades. O próprio Código Tributário foi aprovado por todos os vereadores, numa demonstração de falta de compromisso com a comunidade e as leis.fonteregião.